Total de visualizações de página

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Bridget Bate Tichenor: rara avis

(Paris, 1917 - Cidade do México, 1990)

Bridget Bate Tichenor, conhecida como B.B.T., é classificada com uma pintora surrealista, realista mágica. Sua personalidade multifacetada e suas múltiplas máscaras marcam sua arte.







quinta-feira, 30 de outubro de 2014

cynthia pell ou arte mata 4

Cynthia Pell (1933-1977)

Cynthia Pell (Weldon) nasceu com um incrível talento para arte, ainda adolescente, ganhou um prêmio nacional de pintura. No Bournemouth College of Art, era reconhecida como uma aluna de raro talento. 


Sua pintura apresenta uma espécie de silêncio enigmático, muito semelhante às obras de Kokoschka. Para os críticos, ela parecia capaz de penetrar a alma humana.


Cynthia casou-se com o colega artista Ron Weldon. Logo após o casamento, passou um ano trabalhando na França e realizou sua primeira exposição individual em Londres, em 1957. 


Aos 24 anos sua condição mental começa a deteriorar-se, depois de um longo período de episódios bipolares, em 1973, é definitivamente internada em Bexley Hospital.


Em 1977, durante as férias de sua terapeuta, Cyntia suicidou-se cortando sua gargante.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

hudinilson jr: desejo homoerótico e pensamento queer

Hudinilson Jr (1957 - 2013)

Visitei a 31a. Bienal de São Paulo no último final de semana e o que mais gostei foi de ver a obra "zona de tensão" (1980), organizada por Márcio Harum em homenagem a Hudinilson Jr, encontrado morto em seu apartamento no ano passado.

Nos anos 1980, no Brasil, alguns estudante de arte, entre os marginalizados, idolatravam gente como Leonilson, Eduardo Kac e Hudinilson Jr. 

Hudinilson Jr era lenda desde os anos 1970 quando, junto com Rafael França e Mário Ramiro (3nós3), saia pela cidade realizando o encapuzamento de figuras de estátuas públicas. Mas foi no começo dos anos 1980 que as primeiras xero-gravuras homoeróticas do artista chegaram ao nosso conhecimento, um trabalho que o artista denominava "exercícios de me ver". 


Nessa época, Hudinilson Jr começou a montar seus cadernos-diários de colagens. Ele montou mais de 60 calhamaços em vários formatos, costurados ao meio. Os cadernos continham, além de imagens do artista, imagens de vários outros homens, mas nunca figuras femininas.

Uma das obras mais conhecidas do artista é a série "xerox action" (1984), em que fotocopiou partes de sua anatomia, e que ficou popular junto com seus grafites de uma boca com os dizeres "ahhh! Beije-me", geralmente produzidos ao lado de grafites do amigo Alex Vallauri.




quinta-feira, 29 de maio de 2014

Matt Sesow: healing, pain, and suffering

Matt Sesow (USA, 1960)

"I live small, don't drive, don't over-consume... just paint."


Matt Sesow nasceu canhoto mas, aos 28 anos de idade, após um acidente em que a hélice de um avião amputou parte de seu braço esquerdo, passou a utilizar sua mão direita.


A partir daí, o artista adota a arte bruta (Dubuffet) para lidar com as marcas dessa experiência traumática em sua vida.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Paula Rego: arte bruta

Paula Rego (Lisboa, 1935 -   )

"Pinto para dar uma face ao medo."



Depois de conhecer a "arte Bruta", de Dubuffet, veio a libertação da artista. A arte Bruta vinha se juntar à necessidade de romper com o instituído e com a conformidade hipócrita que exalavam da ditadura de Salazar e de uma religião com a qual não se identificava.


As imagens de Paula são pintadas a partir da montagem de cenas usando modelos, bonecos e outros elementos. Segundo a artista, tudo que pinta existe e é fiel ao real.




terça-feira, 27 de maio de 2014

Elizabeth Featherstone Hoff: reaching out and into people

American artist Elizabeth Featherstone Hoff

"I think artists are born and not made. How much ability they have, and what they are able to do with it varies depending on the rest of the personality and probably the early circumstances of their lives. Some with very little ability are able to forge huge ,successful careers, while others with tremendous ability can not move ahead at all."


"Thus it is that I have always been an artist . There were two seminal experiences in my early life that formalized this for me. When I was five years old, I had a little friend who lived down the street from me. Her mother was a professional pianist and teacher. There was a huge grand piano in their living room, and I vividly remember lying on my back underneath the piano and staring up at what I now know to have been a reproduction of Gauguin's painting FATATA TE MITI. His was the first invitation into the world I now inhabit."


"The second event took place several years later when I was looking through one of the many art reproduction books of my parents. I came across the painting by Siqueiros "Echo of a Scream" and was , as a child, terrified at the truth in it and pierced with the determination to try always to convey that truth."



sexta-feira, 28 de março de 2014

katsura funakoshi: human-like sculptures

Katsura Funakoshi (Japão 1951 -   )

Um dos principais escultores japoneses atuais, Funakoshi projeta esculturas que, segundo o artista, parecem ponderar sobre questões filosóficas e que apenas com um olhar sutil projetam emoções profundas.


Suas esculturas geralmente retratam formas humanas sem pernas e frequentemente com membros em posições deslocadas.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

maria martins: metamorfoses

 Escultora de talento reconhecido nos anos 1940 pelo crítico francês André Breton, que a integrou ao movimento surrealista, Maria Martins (1894-1973) participou ativamente da criação da Fundação Bienal de São Paulo.
Esposa do embaixador do Brasil em Washington, viveu temporadas em Nova York, onde namorou o pintor holandês Piet Mondrian e teve longo romance com o artista francês Marcel Duchamp. Este a fez protagonista de sua obra Étant donnés (1944-1964), pedra de toque da arte contemporânea e fonte de percepções simbólicas.
Nascida Maria de Lourdes Alves, em Campanha, MG, e filha de senador, foi alfabetizada em francês no Colégio Sion. Casou-se aos 21 anos, no Rio de Janeiro, com alto funcionário público federal. Abandonou o marido, após dez anos de casada, para assumir ligação amorosa com o diplomata brasileiro Carlos Martins.
A raiz surrealista não encontrou terreno fértil no Brasil, sufocada pela hegemonia das linguagens abstratas. A volta de Maria para o Rio, nos anos 1950, foi marcada por certa animosidade da crítica. Nem as marcantes participações dela na Bienal de São Paulo conseguiram reparar isso.