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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

one and three kosuths

Joseth Kosuth (1945 - USA)

Kosuth, ao lado de Sol LeWitt, é um dos meus artistas conceituais favoritos e, certamente, o maior artista conceitual vivo, produzindo e questionando a natureza da arte. O trabalho de Kosuth é fortemente influenciado pelas ideias de Marcel Duchamp e pela filosofia.


one and three chairs (1965)

A obra "one and three chairs", de 1965, por exemplo, contém três formas de uma cadeira: a cadeira como a conhecemos em sua funcionalidade, uma fotografia de uma cadeira e a definição de dicionário da palavra "cadeira".  Com uma referência à teoria das formas de Platão, o artista coloca a questão da apresentação do trabalho artístico no nível do discurso sobre a natureza da arte. Essa obra é comentada no artigo, "Art after Philosophy", no qual Kosuth, seguindo a linha do primeiro Wittgenstein, enfatiza a incapacidade da filosofia discutir o mundo através da linguagem. Desse modo, sua "arte como ideia como ideia" (é assim mesmo "arte como ideia como ideia") continua a desdobrar esse tema no contexto da arte e do questionamento de sua natureza. A interrupção de nossas expectativas em relação à obra de arte, causada pelo trabalho de Kosuth, nos leva aos mais diversos questionamentos e a uma atitude muito mais próxima à de um filósofo que a de um fruidor da beleza. 


one and three hammers (1965)

Em "one and three hammers", Kosuth usa o martelo com a mesma estrutura de "one and three chairs", mas o simples fato do objeto ser agora o martelo, remete ao exemplo favorito de Heidegger. Para Heidegger, a materialidade dos objetos no mundo, ou sua essência, só se revela quando o uso desses objetos sofrem uma espécie de interrupção ou quebra na sua funcionalidade. O martelo usado pelo carpinteiro, por exemplo, em sua função usual, acaba tendo sua essência apagada por uma espécie de anestesiamento ou familiaridade causada pelo uso rotineiro. Caso o martelo escorregue da mão do carpinteiro e atinja em cheio o seu dedão do pé, a "martelidade" do martelo ou sua materialidade, sua essência, se revelará.
O que Kosuth faz, aqui, é criar uma obra que interrompe nossa expectativa de encontrar um objeto belo para que, nessa operação, a essência da arte se revele, ou seja, sua capacidade de colocar sua própria natureza em questão. 


one and three shovels (1965)

"One and three shovels" aponta para o grande pensador da arte, Marcel Duchamp, e seus readymades. Duchamp foi o primeiro a usar objetos do cotidiano para produzir uma "arte não retinal". A escolha de objetos com base na sua insignificância visual, e não por valores como belo/feio ou bom/ruim, causa uma ironia e uma ambiguidade que colocam em questão a própria definição de arte. Segundo Duchamp, é no campo da linguagem que a arte se define e não pela beleza. Do mesmo modo, para Kosuth, a essência da arte está ligada aos problemas da linguagem e sua capacidade de levantar questões auto-referentes.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

cristina córdova: the difficult nature of existence


Cristina Córdova, artista porto-riquenha, trabalha e vive na Carolina do Norte. Seu trabalho é inspirado na iconografia da igreja Católica, nas ideias sobre criação, crucificação e na difícil natureza de existir. Muitos críticos rotulam seu trabalho como realista mágico.







terça-feira, 1 de outubro de 2013

beleza sublime e grotesca cravadas na pedra

David (Michelangelo) e David (Bernini)

Essas duas esculturas de David, nas concepções de Michelangelo e Bernini, deixam claras duas marcas do Renascimento e do Barroco: respectivamente o sublime e o grotesco. 

Apesar de Michelangelo, na pintura do "O Juízo Final", apresentar uma tempestade maneirista, o seu David nos mostra toda a paz sublime renascentista. A figura está totalmente relaxa, nenhuma tensão aflora dessa figura de quase 6 metros de altura. 

Já o David, de Bernini, está com a musculatura completamente contorcida, o rosto contraído e o eixo de equilíbrio da peça muda de acordo com o ângulo de visão do observador.

Toda essa tensão na peça de Bernini é uma subversão do sublime renascentista, em que as personagens elevadas não são afligidas pelas marcas das expressões mundanas. Somente as personagens grotescas e mundanas poderiam apresentar expressões sem serenidade.

Esse padrão de uso do sublime e do grotesco é utilizado até hoje. Veja, por exemplo, as novelas mexicanas, quando a mocinha (personagem elevada) chora, seu pranto é silencioso, seu rosto não se contrai, apenas uma lágrima serena desce calmamente sobre sua face. Já a vilã (personagem grotesca) chora gritando e contorcendo todos os músculos de sua face.

O que Bernini faz com seu David, é  fundir sublime e grotesco, nos oferecendo um herói de grande beleza mas assolado por marcas mundanas. 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Bernini: a experiência da carne

Bernini é considerado, ao lado de Michelangelo, um dos maiores expoentes da história da escultura. As esculturas do artista possuem uma expressividade nos rostos e um movimento que superam a elaboração de Michelangelo.


Dafne e Apolo

Em Dafne e Apolo, podemos notar a habilidade de Bernini em inserir o observador na ação. Vemos o modo desesperado em que Dafne tenta fugir de um Apolo alucinado e como a cena é captada no exato momento em que a ninfa é transformam num loureiro, por Peneu,  para protegê-la.

Persephone


As estátuas de Bernini eram tão sensuais que se dizia que eram capazes de despertar o desejo em qualquer ser humano que as observasse.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

poesia eletrônica: negociações com os processos digitais

ANTONIO, Jorge Luiz. Poesia Digital: negociações com os processos digitais: teoria, história, antologias. São Paulo: Navegar Editora; FAPESP. Columbus, Ohio, EUA: Luna Bisonde Prods. Itu, SP: Autor, 2010. Acompanha 1 DVD.

Resenhado por Patrícia Ferreira da Silva Martins

            Escrever sobre a poesia digital não é tarefa nada fácil. As dificuldades se impõem a partir das controvérsias em relação às fronteiras que envolvem o conceito de poesia digital e à multiplicidade de termos usados para definir aspectos dessa poesia relativamente nova. Há, ainda, o problema da infinidade de procedimentos que constituem essa prática e, consequentemente, da proliferação contínua de exemplos de poesias ligados a esses inúmeros procedimentos. Além disso, não podemos deixar de mencionar a questão da escassez de referências sobre o tema.
            Em Poesia Digital: negociações com os processos digitais: teoria, história, antologias, no entanto, o doutor e mestre em Comunicação e Semiótica Jorge Luiz Antonio consegue dar conta dessa tarefa de maneira clara, até mesmo para o leitor não iniciado, sobretudo pela organização da estrutura em que o estudo se desenvolve, com capítulos que formam planos complementares, e pela linguagem acessível utilizada pelo autor, que oferece, ademais, o auxilio de um glossário para os casos mais complicados. Aos estudiosos da área, a obra oferece uma rica antologia internacional de textos teóricos, uma antologia de poemas e outra antologia de poemas comentados de acordo com tipologias específicas, além de uma bibliografia que oferece subsídios para o estudo do assunto sob os mais diferentes pontos de vista.
            Esta é a segunda edição revisada do livro/CD-ROM Poesia Eletrônica: negociações com os processos digitais, publicada em 2008, que constitui a tese de doutoramento do autor, de 2005. Em edição bilíngüe (inglês/português), o livro/DVD pode ser lido em hard copy e, simultaneamente, acessado em suas páginas eletrônicas, armazenadas no DVD. A apresentação em forma impressa e digital é fundamental para abarcar a quantidade de informação necessária para a compreensão da poesia digital — computadas as páginas impressas e eletrônicas do livro/DVD, somam-se cerca de 1500 páginas. As páginas eletrônicas oferecem ao leitor acesso rápido aos mais diferentes exemplos de poesia digital, em cores ou p&b, nos arquivos locais (DVD) ou via Rede (WWW). Essa flexibilidade de acesso e capacidade de espaço, favorecidos pelo formato digital, posiciona o trabalho de Jorge Luiz Antonio um passo à frente do não menos importante estudo Prehistoric Digital Poetry: an archaeology of forms, 1959-1995 (Tuscaloosa, University of Alabama Press, 2007), de Chris Funkhouser.
            É importante ressaltar que a obra permite novas inserções, correções, comentários e alterações realizadas com a ajuda do leitor (ciber/leitor), o que a torna uma obra interativa, hipertextual, in progess e in process. Por essa razão, o autor criou um blog <http://jlantonio.blog.uol.com.br>, para que o leitor se intere de todas as alterações realizadas. Essas características, entre outras, mostram a força surpreendente do livro/DVD ao dar um estímulo indiscutível para o leitor interessado.
            O livro/DVD pode ser descrito como um estudo documentado e uma história analítica da poesia digital, com especial destaque ao trabalho de poetas, tanto do Brasil como do exterior, que têm usado a tecnologia na criação de uma nova estética. Entre estes poetas, destaco o resgate que o autor faz do poeta e engenheiro brasileiro Erthos Albino de Souza (1932-2000), com a inclusão de dois poemas precursores da poesia digital no Brasil, “Le Tombeau de Mallarmé” (1972) e “Ninho de Metralhadoras” (1976), criados com o auxílio de um supercomputador, e do mais recente “Cidade/City/Cité” (1985).
            O estudo de Jorge Luiz Antonio é dividido em três partes: teoria, história e antologias, que se desdobram em oito capítulos: I - poesia e tecnologia: tecnopoesia; II - poesia, arte, ciência e tecnologia; III - cronologia; IV - poesia eletrônica; V - poesia e computador(es); VI - tipologia e exemplos comentados; VII - antologia de poesias; e VIII - antologia de textos teóricos.
            A capa do livro apresenta o infopoema “Az Cor”, do poeta português E. M. de Melo e Castro. A imagem que pode ser vista animada, a partir da opção “start” do DVD, é suficiente para que o leitor tenha uma noção prévia das mutações e transmutações sofridas pela palavra no contexto digital e, consequentemente, das mediações e negociações do poeta com as tecnologias.
            Esta obra enriquece uma bibliografia ainda restrita acerca de um processo que tem origem antes mesmo do surgimento do computador na poesia das vanguardas, poesia concreta, visual e experimental. Na antologia de poemas, selecionada pelo autor, é possível traçar todo esse percurso da “pré-história” da poesia digital. A partir do século XIX, essa poesia sofre transformações devido ao surgimento de tecnologias como a fotografia, o rádio, a televisão, o vídeo, a holografia etc., migrando, posteriormente, para as tecnologias computacionais.
            É com o uso das tecnologias computacionais que tem início a história propriamente dita da poesia digital, especificamente, no ano de 1959, com o texto estocástico, ou de variação randômica, de Theo Lutz (1932-2010) — a quem o autor merecidamente dedica sua obra —, e chega até os dias atuais, período posterior ao surgimento dos protocolos da Internet e da World Wide Web (WWW).
            Das negociações semióticas do poeta com as tecnologias e das relações das linguagens artísticas, poéticas e tecnológicas, como enfatiza o autor, emerge a poesia que circula atualmente, entre diversos meios, pelo telefone celular, computador, Internet e WWW. Esta poesia mantém seu elo com os tipos anteriores de poesia (oral, manuscrita, impressa etc.) pelo uso da palavra como seu elemento motivador. Entretanto, não se trata apenas de uma adequação direta da poesia aos novos suportes; o autor demonstra que há todo um percurso da poesia para realizar as mutações e transmutações necessárias para que a função poética predomine nesses novos meios.
            A poesia digital, segundo Jorge Luiz Antonio, é configurada pelo uso da palavra, imagem estática e/ou animada, som, hipertextualidade, hipermídia e interatividade, formatada pela linguagem de programação do computador. A presença da palavra nessa nova poesia não implica no predomínio da semântica verbal. Nela, elementos de todas as linguagens operam no estabelecimento dos significados. A partir dessas constatações, o autor nos leva a entrever a possibilidade até mesmo de se pensar num “alargamento” do próprio conceito de literatura, especificamente da poesia, na contemporaneidade.
            Os mais de 500 exemplos de poemas levantados no estudo levam o autor a afirmar que o crescente uso das tecnologias digitais por parte de poetas de diversos países evidencia a existência de um movimento internacional descentralizado e em expansão. Esses vários exemplos mostram também que o termo poesia digital, como o vemos no título do livro/DVD, só pode ser utilizado de maneira genérica. Sendo assim, o autor não deixa de discutir e colocar em questão esta e tantas outras denominações que vêm sendo atribuídas a essa prática poética.
            Segundo Jorge Luiz Antonio, as denominações se multiplicam em meio aos mais diversos procedimentos de criação. O estudo mostra que a proliferação de termos e denominações se deve às constantes transformações da tecnologia. A cada mutação da tecnologia, surgem novas denominações, tais como “poesia computacional”, “tecno-arte-poesia”, “poesia eletro-eletrônico-digital”, “poesia das novas mídias”, “poesia eletrônica” etc.
            Não poderíamos terminar sem dizer que Poesia Digital: negociações com os processos digitais: teoria, história, antologias é um estudo consistente, de grande fôlego e muito bem arquitetado. A constatação do autor da existência de uma poesia que está interagindo e intervindo na linguagem computacional com o propósito de criar uma linguagem poético-computacional, aponta não para a “tecnologização” da literatura, mas para uma revolucionária poetização da técnica.
            Vale a pena ler o livro/DVD de Jorge Luiz Antonio, assim como vale a pena revisitá-lo como um constante material de referência.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

david salle: apropriação e pós-produção

David Salle (1952 -  )

O pintor americano, David Salle, é conhecido pela apropriação de imagens de revistas, fotografias pessoais, pornografia etc., que são combinadas de modo aleatório, não como colagens, mas na forma de grandes pinturas.


O artista reflete sobre a preocupação com a identidade individual num mundo inundado por imagens. 


Em geral, não há uma ligação lógica entre as imagens, que podem ser sobrepostas, transparentes ou contornadas por linhas e formas geométricas.

domingo, 4 de agosto de 2013

lucian freud: people only

Lucian Michael Freud (1922 - 2011)

Lucian Freud, artista nascido na Alemanha e naturalizado britânico, neto de Sigmund Freud, é frequentemente associado ao Surrealismo, mesmo tendo se dedicado apenas à pintura de retratos, a partir dos anos 1950.


"Eu pinto gente",  diz Freud, "não pela maneira que elas se parecem, não exatamente a despeito do que elas são, mas como elas por acaso se parecem."


Freud teve cerca de 40 filhos, reconhecendo todos quando adultos. O artista faleceu em  2011, aos 88 anos.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

pierre klossowski e balthus klossowski: zonas proíbidas

Os irmãos Pierre e Balthus Klossowski, franceses filhos de uma família de origem polaca, desafiaram o mundo da arte ao longo de décadas. Ambos criavam imagens que confrontavam o observador a encarar zonas proibidas ou reprimidas da consciência. 

Pierre Klossowski

Balthus Klossowski

Ao mesmo tempo que o estilo dos dois artistas remonta aos mestres clássicos, o tema é desafiante e moderno e quase poderia ser uma ilustração dos estudos sobre sexualidade de Freud, cujas ideias exerceram um impacto tremendo sobre a arte do século XX.

Pierre Klossowski (1905-2001)

Balthus Klossowski (1908-2001)

Pierre morreu em Paris, aos 96 anos, no dia 12 de Agosto de 2001, seis meses após a morte do seu irmão, Balthus. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Tomás Saraceno: in orbit


Tomás Saraceno é conhecido pela ousadia de suas obras. O artista criou uma  instalação, semelhante a uma teia de aranha, suspensa 20 metros acima do largo principal do museu. Intitulada de In Orbit, esta peça interativa gigante pode ser acessada de várias partes do museu e está dividida em três níveis de rede distintos, com bolas PVC de 8,5 metros de diâmetro para separá-los. A paisagem no centro do museu se altera completamente.


O mais curioso é que quando as pessoas entram na instalação, a tensão dos fios de aço vai-se alterando também, bem como os três intervalos de rede, o que significa que os visitantes têm de coordenar as suas ações dentro do espaço, entendendo-o por meio de vibração. 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

jean dubuffet: art brut

Jean Dubuffet (1901-1985)

A expressão Art Brut foi criada pelo pintor francês Jean Dubuffet, primeiro teórico da arte bruta e crítico da cultura dominante, em 1945, para designar a arte produzida por artistas autodidatas livres de qualquer influência de estilos oficiais, como as diversas vanguardas ou imposições do mercado de arte. 


Para o artista, a arte não deveria ser esteticamente agradável e seu desenho enfatizava um processo de criação lento e difícil, rejeitando a facilidade e a impulsividade característicos da arte abstrata.


A arte bruta busca inspiração em fontes que diferem da tradição ocidental e da cultura dominante e, na maioria das vezes, é feita por pacientes de hospitais psiquiátricos ou detentos de prisões, que fazem arte na sua forma mais pura e inicial, com imagens vindas do inconsciente. Por isso, as obras parecem representar sentimentos, emoções e inconformismo.


sábado, 4 de maio de 2013

hans bellmer: the darkest dream

Hans Bellmer (1902 - 1975)

Escultor e fotógrafo alemão, Hans Bellmer, é conhecido por suas esculturas/bonecas em tamanho natural. Filho de uma mãe amorosa e de um pai odioso e dominador, Bellmer usou a arte para trabalhar seus sentimentos de dor e confusão. O artista, influenciado pelas teorias de Freud, buscava um processo de autoterapia para lidar com seus conflitos mais profundos.




quarta-feira, 17 de abril de 2013

louise bourgeois: art as the garantee of sanity

Louise Bourgeois (1911 - 2010)

Louise Bourgeois, artista franco-americana, desenvolveu sua obra em torno do sentimento de abandono e de questões pertinentes aos relacionamentos humanos e/ou nos relacionamentos entre entre homens e mulheres.


As tensões entre eu e outro, estranhamento e intimidade, proteção e vulnerabilidade estão sempre presentes em seu trabalho.


Sua obra mais conhecida no mundo é a escultura da aranha gigante intitulada "Maman", da qual existe uma versão no MAM-SP, a principal dessa peça ou a "original" encontra-se na Galeria Tate, em Londres.



quinta-feira, 11 de abril de 2013

bernnô: a pintura automotiva

José Bernnô (1949 - 2009)

O artista paulistano Bernnô, através do domínio das técnicas da pintura automotiva, trilhou uma carreira artística reconhecida pela crítica e pelo público.


Rodrigo Naves, crítico de arte, descobriu as pinturas de Bernnô ao levar seu carro à funilaria / ateliê do artista. Naves ajudou a realizar a primeira exposição de Bernnô, em 2008. Infelizmente, um ano depois, aos 60 anos, o artista faleceu enquanto dormia.

domingo, 7 de abril de 2013

a poética vegetal de jean-jacques piegeon

Jean-Jacques Pigeon desenvolve sua poética a partir da observação da natureza, em especial dos frágeis galhos e brotos, que são transpostos para imagens que evocam a opulência do universo estético da corte de Luis XIV, o Rei Sol.



terça-feira, 26 de março de 2013

león ferrari: a ameaça do inferno


León Ferrari, artista argentino de mais de 80 anos, continua causando polêmicas. Já teve mostras censuradas e sofreu ameaças de toda espécie, a de que vai para o inferno é a mais freqüente delas.



Sua obra é marcada pela contestação contundente ao cristianismo e às formas totalitárias de poder.





sábado, 23 de março de 2013

martín chambi

Martín Chambi (1891-1973)

Comparado a artistas como Rembrandt CaravaggioMartín Chambi é reconhecido pela genialidade de suas fotografias. Peruano e de origem indígena, retratou fielmente a expressão da vida andina. Explorou os olhares, o trabalho e a cultura de maneira surpreendente.