Yves Klein (1928-1962)
Antes da consolidação
do happening e da performance, na busca pela interdisciplinaridade das artes, alguns
artistas já praticavam a arte processual, tendo o processo como princípio. A
arte processual, entre outros aspectos, promove a noção do corpo como obra ou
do corpo como meio da arte. Levando, assim, à fusão entre a body art e a
pintura.
Nesse momento, o gesto das mãos
sobre a tela, o ato de pintar, ganhou uma importância incrível. As pinceladas
passaram a existir por sua própria autosuficiencia, deixando de se relacionar
com a representação de um dado objeto.
Com Pollock, por exemplo, a antiga prática
da pintura transforma-se num verdadeiro ritual, na mimese dos gestos do artista.
Em, “The Legacy of Jackson Pollock”, Allan Kaprow usa pela primeira vez a
palavra happening para descrever uma arte que se utiliza de todos os tipos de
materiais, e em que a permanência é substituída pelo perecível: a arte do
processo. A importância do processo torna os registros metalingüísticos da ação
de Pollock, talvez, mais importantes que seus próprios quadros. Esses
registros, por meio de fotografias, vídeos e filmes, também colocam Pollock
entre os precursores da mídia arte.
A
pintura performática já se utilizava de certos meios da performance e do
happening apesar de, nesse momento, a construção do conceito ainda não ter
teoricamente começado.
A
Antropometria, de Yves Klein, foi um dos meios para se chegar à construção do
conceito de performance. Essa prática processual tem por base a mescla entre a
body art e a pintura. Nela, o artista utiliza modelos femininas nuas como
pincéis humanos para a pintura de enormes telas.
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