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sábado, 24 de março de 2012

action painting e pintura performática

Yves Klein (1928-1962)
            Antes da consolidação do happening e da performance, na busca pela interdisciplinaridade das artes, alguns artistas já praticavam a arte processual, tendo o processo como princípio. A arte processual, entre outros aspectos, promove a noção do corpo como obra ou do corpo como meio da arte. Levando, assim, à fusão entre a body art e a pintura.
            Nesse momento, o gesto das mãos sobre a tela, o ato de pintar, ganhou uma importância incrível. As pinceladas passaram a existir por sua própria autosuficiencia, deixando de se relacionar com a representação de um dado objeto.
            Com Pollock, por exemplo, a antiga prática da pintura transforma-se num verdadeiro ritual, na mimese dos gestos do artista. Em, “The Legacy of Jackson Pollock”, Allan Kaprow usa pela primeira vez a palavra happening para descrever uma arte que se utiliza de todos os tipos de materiais, e em que a permanência é substituída pelo perecível: a arte do processo. A importância do processo torna os registros metalingüísticos da ação de Pollock, talvez, mais importantes que seus próprios quadros. Esses registros, por meio de fotografias, vídeos e filmes, também colocam Pollock entre os precursores da mídia arte.
 Jackson Pollock (1912-1956)
            A pintura performática já se utilizava de certos meios da performance e do happening apesar de, nesse momento, a construção do conceito ainda não ter teoricamente começado.
            A Antropometria, de Yves Klein, foi um dos meios para se chegar à construção do conceito de performance. Essa prática processual tem por base a mescla entre a body art e a pintura. Nela, o artista utiliza modelos femininas nuas como pincéis humanos para a pintura de enormes telas.

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