Don Judd, sem título, 1970
O
minimalismo começa, por volta dos anos 1960, como um movimento contra o
simbolismo, a espontaneidade e a intensidade emocional do expressionismo
abstrato. O movimento também reage contra o colorido e a “irresponsabilidade” da
pop art. Apesar do rigor quase moralista, o minimalismo abre um leque de
experimentação fertilíssimo em todos os campos da arte.
Os
artistas minimalistas buscam a objetividade no lugar da expressão. Para eles, a
arte deve ser racional, matemática, abstrata e sem composições esmeradas. Essa
arte de conteúdos mínimos caminha para a terceira dimensão. Nela, o trabalho
manual do artista é reduzido ao mínimo. A arte minimalista encontra sua fonte
na natureza dos materiais, como ferro galvanizado, aço laminado, tubos
fluorescentes, tijolos refratários, tinta industrial, entre outros.
Ela
incorpora objetos provenientes das mais diferentes funções, como elementos
reais que se contrapõem ao ilusionismo da imagem pictórica. Os minimalistas
optam por materiais industriais, formas geométricas simples e a repetição de
objetos, escala de luz, cor, superfície, formato etc.
No
minimalismo, seguindo a fenomenologia de Merleau-Ponty, o espaço não é cenário.
Considera-se que há uma natureza recíproca no processo por meio do qual os
indivíduos chegam a uma consciência do espaço e dos objetos em torno deles. O
processo de observação envolve a noção de que o formato total pode ser
observado pelo observador e a vivência do corpo no espaço. Isso coloca o
significado da obra minimalista fora da obra de arte.
O neoconcretismo, movimento exclusivamente
brasileiro, possui uma forte ligação com o espaço minimalista.
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