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domingo, 11 de março de 2012

dizer mais com menos

Don Judd, sem título, 1970

            O minimalismo começa, por volta dos anos 1960, como um movimento contra o simbolismo, a espontaneidade e a intensidade emocional do expressionismo abstrato. O movimento também reage contra o colorido e a “irresponsabilidade” da pop art. Apesar do rigor quase moralista, o minimalismo abre um leque de experimentação fertilíssimo em todos os campos da arte.
            Os artistas minimalistas buscam a objetividade no lugar da expressão. Para eles, a arte deve ser racional, matemática, abstrata e sem composições esmeradas. Essa arte de conteúdos mínimos caminha para a terceira dimensão. Nela, o trabalho manual do artista é reduzido ao mínimo. A arte minimalista encontra sua fonte na natureza dos materiais, como ferro galvanizado, aço laminado, tubos fluorescentes, tijolos refratários, tinta industrial, entre outros.
            Ela incorpora objetos provenientes das mais diferentes funções, como elementos reais que se contrapõem ao ilusionismo da imagem pictórica. Os minimalistas optam por materiais industriais, formas geométricas simples e a repetição de objetos, escala de luz, cor, superfície, formato etc.
            No minimalismo, seguindo a fenomenologia de Merleau-Ponty, o espaço não é cenário. Considera-se que há uma natureza recíproca no processo por meio do qual os indivíduos chegam a uma consciência do espaço e dos objetos em torno deles. O processo de observação envolve a noção de que o formato total pode ser observado pelo observador e a vivência do corpo no espaço. Isso coloca o significado da obra minimalista fora da obra de arte.
            O neoconcretismo, movimento exclusivamente brasileiro, possui uma forte ligação com o espaço minimalista.

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