Jean-Michel
Basquiat (1960-1988)
O
mercado artístico americano, dos anos 1970, era dominado pela pop art de Roy
Lichtenstein, Cleas Oldenburg, Robert Rauschenberg e Andy Warhol, assim como
pela crescente influência da arte conceitual e do minimalismo. Nesse momento, o
mercado da arte começava a prosperar de uma maneira impressionante; a arte tornou-se
um investimento tal como comprar ações da Bolsa. O público também começava a se
cansar do hermetismo do minimalismo, do cinismo da pop art e das especulações
auto-suficientes da arte conceitual.
Na
Europa, um renascimento começava a desafiar a noção de que a pintura tinha
morrido: o neo-expressionismo. Na Itália surgia a trans-vanguarda e, na
Alemanha, “os jovens rebeldes”, com um estilo de pintura neo-expressivo e
figurativo. Uma nova geração respondia à frieza intelectual das artes
conceitual e minimalista, com pinturas cheias de emoção que não dissimulavam a
sua dívida com o idealismo do expressionismo alemão.
Os
galeristas americanos voltam-se aos grafites neo-expressionsitas dos muros do
Brooklyn, de Jean-Michel Basquiat, com suas mensagens de identidade cultural,
justiça, igualdade social e muita poesia visual. Depois de morar nas ruas, vivendo
das vendas de camisetas pintadas à mão, Basquiat ganhou fama meteórica aos 22
anos.
Em
1977, aos 17 anos, juntamente com Al Diaz, Basquiat começou a fazer grafite em
prédios abandonados de Manhattan. A assinatura do duo era sempre a mesma: SAMO
ou SAMO shit, abreviação para SAME OLD SHIT. Isso gerou curiosidade e acabou
gerando um artigo no Village Voice. Mas, após uma briga entre os amigos, o
projeto SAMO acabou com o epitáfio: SAMO IS DEAD.
Depois
de conhecer e estabelecer amizade com Andy Warhol, Basquiat tornou-se uma
referência no mundo da arte. Com a morte de Warhol, em 1987, entra em
depressão. O consumo exagerado de drogas o leva à morte aos 27 anos, em 1988,
quando sua pintura apenas começava a atingir uma pureza técnica.
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