Para cada uma de suas telas, denominadas “detalhes”, a tinta branca com a qual ele traçava a sucessão de números também era aplicada ao fundo, acrescida sempre a um por cento ao fundo de cada tela. Assim, o descoramento progressivo do fundo pintado causava o efeito de um progressivo “desbotamento” dos números.
Antes de pintar, Opalka tirava uma fotografia de seu rosto, vestindo uma invariável camisa branca, a fim de registrar a sua própria degradação física. Enquanto pintava, ele ainda contava os números em voz alta diante de um gravador.
O ritual do artista revelava a existência como uma forma de desaparecimento tragada pelo informe. Opalka pintou um total de 233 telas. Ele morreu em agosto de 2010 tendo alcançado o número 5.607.249.
Nenhum comentário:
Postar um comentário