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quinta-feira, 8 de março de 2012

pinturas combinadas

Coca Cola Plan (1958)
Robert Rauschenberg (1925-2008)

            A década de 1960 costuma ser apontada como o momento da passagem do modernismo, que se enceraria com o expressionismo abstrato, para o pós-modernismo, que se iniciaria com a pop art. Mas, na verdade, no entorno dos anos 1960, muitas tendências existem paralelamente: realismo social, expressionismo abstrato, pop art, op art, minimalismo, nouveau réalisme, tendências construtivistas russas, além dos primeiros vestígios da arte processual.
            Apertado no meio de tudo isso, aparece o artista americano Robert Rauschenberg. Este artista, inicialmente associado ao neodadaísmo e, posteriormente, à pop art tenciona os limites da pintura e da escultura, bem como os limites entre o cotidiano e a arte, com suas pinturas combinadas.
             Suas telas caminham para a terceira dimensão, incorporam objetos reais e contam com temas particulares derivados do cotidiano. Por sua natureza, as pinturas combinadas de Rauschenberg podem ser enquadradas formalmente ao conceito de assemblage.
            Para o artista, seguindo uma linha objetual oposta à futura “arte como ideia como ideia”, de Kosuth, ou arte conceitual, os materiais são mais importantes do que as ideias, pois estes o colocam em contato com o desconhecido. Rauschenberg usa com freqüência, em suas assemblages, materiais industrializados, garrafas de coca-cola, pássaros empalhados, embalagens etc.
             Por volta de 1962, Rauschenberg adota a técnica da impressão em silks-creen para aplicar imagens fotográficas a grandes extensões de tela, unificando a composição com pinceladas de tinta. Esses trabalhos têm como tema episódios da história americana recente e da cultura popular.

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