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quinta-feira, 8 de março de 2012

Arte Matta

(Gordon Matta-Clark, 1943-1978)

            Gordon Matta-Clark morreu há mais de trinta anos, mas ainda é um artista pouco compreendido, provavelmente, pelo fato de não ter deixado nenhuma obra. Formado em arquitetura, também nunca concretizou nenhum projeto de edificação. Ao contrário, seu projeto artístico desconstrucionista propunha alterar radicalmente estruturas existentes, cortando prédios abandonados, removendo partes de pisos, paredes e tetos. 


            Em 1971, juntamente com Carol Goodden, fundou o restaurante “Food”, no Soho, Nova York. O restaurante, que empregava artistas, tinha o objetivo de angariar fundos para o desenvolvimento de projetos artísticos independentes. O local se tornou ponto de encontro de artistas de todas as áreas e ajudou a definir os contornos da comunidade artística de Manhattan.
            Felizmente, Matta-Clark usava várias mídias para documentar os processos envolvidos em sua obra, como vídeo, filme e fotografia. Graças a isso, temos acesso às performances, aos trabalhos com materiais reciclados, aos “building cuts” e diversas outras atividades realizadas pelo artista. Em 1973, Matta-Clark começou a documentar em filme seu processo de abrir casas e prédios. Nesses filmes, a câmera viaja por casas estouradas, esburacadas e luminosas, devido à intervenção do artista munido de uma serra.
            Matta-Clark era filho da artista plástica americana Anne Clark e do pintor surrealista chileno Roberto Matta. Seu irmão gêmeo, Sebastian, que também era artista, suicidou-se em 1976. Matta-Clark teve sua carreira interrompida prematuramente devido a um câncer pancreático, em 1978.

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