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domingo, 25 de março de 2012

pinturas ambulantes, penetrantes e bolidinantes

Hélio Oiticica (1937-1980)

            Hélio Oiticica desenvolve um projeto poético, focado na cor, que funciona como matriz para o abandono do quadro, a invasão do espaço e a incorporação do tempo em suas obras. Seus relevos espaciais, ou quadros de dupla superfície que se dispõem no espaço, levam o observador a caminhar em torno de placas, com a finalidade de apreender a cor em sua relação dinâmica espacial.

Grande núcleo (NC3, NC4 e NC6) - Hélio Oiticica - 1960-66

            A partir de uma visão arquitetônica da cor, Oiticica explora múltiplas direções no espaço, chegando aos parangolés e penetráveis. Segundo Oiticica, o parangolé é uma forma de “antiarte por excelência” e “uma pintura viva e ambulante”.

Parangolé - Hélio Oiticica - 1964

            O penetrável tropicália, não apenas inspirou o nome, mas também ajudou a consolidar a estética do movimento tropicalista na música brasileira. Oiticica o chamava de "primeiríssima tentativa consciente de impor uma imagem "brasileira" ao contexto da vanguarda".

Tropicália - Hélio Oiticica - 1968

            Outras de suas criações, também explorando as propriedades físicas da cor, são os bólides: recipientes cheios de pigmento, água da Praia de Ipanema, asfalto da Avenida Presidente Vargas etc. Segundo o artista, estes são elementos "que espreitam o espaço" esperando o público para detonar experiências estéticas.

Homenagem à Mondrian - Hélio Oiticica - 1965

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